Este blog tem como principal função informar, divulgar e esclarecer temas sobre alergia.

Toda a informação contida neste blog, não substitui o aconselhamento médico, consulta, diagnóstico ou tratamento.
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domingo, 18 de dezembro de 2011

O QUE É ALERGIA?

O que é?

A primeira ideia que vem à cabeça quando falamos de “alergias” são os espirros, nariz a pingar, olhos vermelhos, tosse, babas e comichão na pele, pois estas são as manifestações mais frequentes (embora não as únicas) da reacção alérgica. Isto é apenas uma das possíveis consequências do funcionamento do nosso Sistema Imunológico, que é quem nos defende dos microorganismos e das múltiplas substâncias que se encontram no médio que nos rodeia (o que tocamos, respiramos ou ingerimos).

Essas substâncias (às que chamamos antigénios) são identificadas como estranhas ao nosso organismo pelo Sistema Imunológico, através de várias proteínas especiais que circulam no sangue e em todos os líquidos orgânicos (os anticorpos ou imunoglobulinas) ajudando a captar e eliminar estes antigénios "invasores".

Assim, a alergia é uma alteração da capacidade do organismo em reagir a determinadas substâncias, normalmente inofensivas para outras pessoas e que nos alérgicos tornam-se “estranhas” (ou antigénios), ocasionando uma resposta defensiva inadequada e desnecessária. A estas substâncias inofensivas agora consideradas estranhas para os alérgicos, chamamo-las “alergénios” e ao processo que dá lugar a esta situação e que pode demorar algum tempo, “sensibilização”

O mais fascinante deste processo é que esta sensibilização não é imediata. Uma alergia nunca acontece num primeiro contacto. Por isso, uma pessoa pode comer um determinado alimento, ou tomar um medicamento durante anos, ou viver rodeado de determinadas substâncias (pelos de animais, pólenes, ácaros, etc.) até que um dia surge a alergia… e lamentavelmente não tem “volta para trás”.

Como acontece?

Uma molécula crucial no processo de sensibilização é a Imunoglobulina E (IgE), que é produzida pelos linfócitos das pessoas alérgicas, de maneira específica contra os alergénios (por exemplo: pólenes de plantas, componentes do pó da casa, alimentos como o leite ou os ovos, etc.). Uma vez produzida, esta IgE liga-se a células especiais (mastócitos) muito abundantes na pele e nas mucosas (o revestimento do aparelho respiratório e do tubo digestivo) "à espera do seu alergénio”, provocando quando o encontram, a libertação imediata e explosiva de substâncias químicas contidas no seu interior, causando rapidamente (15 a 30 minutos) uma intensa inflamação que origina os sintomas da alergia.

Se a exposição a esse alergénio é intensa e muito prolongada no tempo, essa inflamação e a doença alérgica, pode tornar-se crónica e persistente.

Porque a mim?

Esta é uma pergunta que aparece frequentemente no decorrer da consulta de Alergologia e que ainda não sabemos responder, já que ainda não está bem esclarecida a razão pela qual algumas substâncias desencadeiam alergias em algumas pessoas e noutras não.

Qual é a causa?

Os antecedentes de outras alergias na família (a chamada atopia) parecem ser o principal factor predisponente. Possivelmente, a resposta estará nalguns genes que passam de pais para filhos, para além dalgumas condições do ambiente que nos rodeia e que favorecem a "proliferação" dos alergénios, já que não devemos esquecer que esta é uma doença relativamente “moderna” e mais própria dos países desenvolvidos e industrializados.

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