Este blog tem como principal função informar, divulgar e esclarecer temas sobre alergia.

Toda a informação contida neste blog, não substitui o aconselhamento médico, consulta, diagnóstico ou tratamento.
No_al_fusileo.png

sexta-feira, 16 de março de 2012

Inquérito sobre alergia alimentar aos adolescentes (2ª parte)

O estudo referido no anterior post foi publicado no Jornal Reconquista de Castelo Branco num artigo escrito pela jornalista Lídia Barata e que reproduzimos à continuação:

As alergias, de base imunológica, podem provocar desde uma simples comichão até à morte. Daí ser necessário diagnosticar e tratar as verdadeiras causas, mas algumas não estão ainda devidamente exploradas, como por exemplo, as das alergias alimentares.
Era desta forma que há um ano Reconquista noticiava o tema da tese de doutoramento de Carlos Lozoya Ibáñez, médico do Serviço de Imunoalergologia do Hospital Amato Lusitano, está a realizar na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, um estudo sobre "Prevalência e características clínicas e genéticas das alergias alimentares em adultos da Beira Interior", orientado pelo professor Taborda Barata.
Este estudo distingue-se porque, pela primeira vez, é estudada uma faixa da população tão alargada, dos 3 aos 90 anos, algo que as entidades oficiais que se dedicam ao estudo e tratamento das alergias defenderem já que "o modelo deve ser replicado a nível nacional".
Recorde-se que esta é uma análise pioneira a nível nacional e a realizar na área abrangida pela Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (com exceção dos centros de saúde de Vila de Rei e Mação, devido à distância, e de Penamacor, que não aceitou entrar no estudo). Carlos Lozoya, na primeira parte do trabalho, inquiriu 1500 pessoas, por telefone, com idades entre os 18 e os 90 anos, sendo que destas, 50 confirmaram ter reações a alguns alimentos e deste grupo, cerca de 30 aceitaram participar na etapa seguinte, das consultas. Mas os resultados são ainda preliminares, contudo, uma conclusão pode já ser avançada, "os portugueses desta região não têm reações diferentes do resto dos cidadãos europeus, onde já foi feito esse registo".
Nesta segunda fase, que está agora em curso, "vão ser inquiridos os adolescentes e jovens, dos 13 aos 17 anos, seguindo os mesmos trâmites que foram colocados aos adultos", se bem que, o médico espera mais dificuldades em termos de adesão às etapas das consultas, "pois agora as taxas moderadoras são mais caras, além de que para os jovens pode ser complicado faltar às aulas para vir a uma consulta".
Mas o estudo final, que deverá ser defendido e publicado em finais de 2013, será ainda complementado com o trabalho realizado pela médica Arminda Jorge, que incide sobre a população dos 3 aos 12 anos.
"É isto que torna este estudo inédito e único, pois nunca se estudou uma faixa tão abrangente da população nesta área", afirma Carlos Lozoya, acrescentando que "por isso já haver quem defenda que tem de ser replicado a nível nacional", para que "dentro de alguns anos, possa haver uma visão global nacional em termos desta problemática".
Sublinhe-se ainda que "um estudo bem feito pode evitar muitos problemas, porque identificam-se as causas e podem arranjar-se soluções mais facilmente".

Nenhum comentário:

Postar um comentário