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quinta-feira, 23 de maio de 2013

O que são as gramíneas?



Umas das principais plantas “culpadas” da alergia polínica na nossa região são as gramíneas e consequentemente “a pergunta do milhão” (não de dólares, mas sim de pessoas que perguntam a mesma coisa) é: “mas ao final, o que raio são as gramíneas?” São aquelas plantas de flores amarelas? Ou aquelas de flor branca?”. 
Para responder a esta pergunta, segue a seguinte informação resumida e extraída que no seu site  fornece o Herbário da Universidade de Coimbra (clicar aqui): 

“As gramíneas são uma vasta família de angiospérmicas (plantas com flor), tecnicamente designada Poaceae (ou Gramineae), de distribuição cosmopolita. A diversidade de espécies que pertencem a este grupo é enorme, cerca de 10.000 espécies, uma das maiores do reino vegetal.

 É uma família extremamente versátil pois, conseguiu ocupar quase todos os tipos de habitat disponíveis, em todos os climas. Pertencem a esta família desde plantas muito pequenas, como a vulgar Poa annua que surge entre as pedras da calçada até aos bambus que podem exceder 30 metros de altura. Podem ser desde aquáticas, inclusivamente, de águas salgadas, até formar florestas ou viver nas fendas das rochas mais secas e desertos.
Poa pratensis
No entanto, na Península Ibérica, as gramíneas nativas são bastante mais modestas, só por excepção tomando grandes dimensões como é o caso do caniço (Phragmites australis), que pode atingir quatro metros de altura e que habita lugares pantanosos por todo o país. 

Brachypodium

Uma grande parte das gramíneas que se observam em Portugal optou por ser anual (Briza, Vulpia, Bromus, Stipa, Hordeum, Brachypodium, Taeniatherum, Gastridium, Aegilops), em resposta ao clima mediterrânico que caracteriza boa parte do país
Contudo há uma considerável diversidade de gramíneas perenes (Cynodon, Holcus, Agrostis, Panicum, Molinia, Paspalum), que é sobretudo notável em habitats menos hostis, onde a humidade mais duradoura o permite.
 
Cynodon dactylon
Mas afinal, o que são as gramíneas, caramba?

A morfologia típica de uma gramínea é muito semelhante em todas as espécies: um caule geralmente oco, com nós engrossados, no qual se inserem as folhas com uma forma tendencialmente linear, e de nervação paralela (em todas as espécies portuguesas). Estas folhas têm uma morfologia muito típica: a parte proximal forma uma bainha que envolve parte do caule, a qual termina no limbo foliar. Na articulação entre estas duas partes existe um prolongamento – a lígula – em forma de membrana ou de uma fiada de pêlos.

Porém, a característica mais marcante e fascinante desta família reside na morfologia da flor. Esta é um exemplo de redução floral fantástico. Entenda-se por “redução”, o processo evolutivo que conduz à perda de estruturas que, outrora funcionais, terão perdido a sua função e, como tal, razão de existir: Não existem pétalas nem sépalas como estamos habituados, (e portanto, não têm qualquer cor vistosa) já que estas plantas não precisam delas para atracção de insectos: a polinização é feita pelo vento (polinização anemófila).

Esperamos que com este “resumo”, não fiquem assim tantas dúvidas no que respeita a estas “grandes amigas do alergologista”.

… E não esqueçam da informação polínica para a nossa região:


"Na Beira Interior e região de Castelo Branco, os pólenes encontram-se em níveis muito elevados, com predomínio dos pólenes de carvalho, oliveira, gramíneas e ervas azeda, tanchagem e parietária, sendo esperadas concentrações muito elevadas para os pólenes de carvalho, oliveira e gramíneas, moderadas a muito elevadas para o pólen de erva azeda, baixas a elevadas para o pólen de tanchagem, e baixas concentrações para os outros pólenes."

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